segunda-feira, 18 de junho de 2007

enrole a língua, beba ainda quente

O silêncio às vezes conforta.
Mas às vezes ele se aproxima
feito lança comprida e pontiaguda,
fria e inflexível, a penetrar-me
a carne lentamente, exibindo,
arrogante, um brilho frio de metal,
carregado de intolerância e superioridade tola.
Machuca. Começa a querer sangrar.
Sem reclamações se segue.
É silêncio.

terça-feira, 12 de junho de 2007

No silêncio de um amor

Te amo - português
Lubim ta - eslovaco
Ha eh bak - turco
Ya vas liubliu - russo
Ngiyakuthanda - zulu
Je t'aime - francês
I love you - inglês
Te quiero - espanhol
Wo le ni - chinês
Aishiteru - japonês
Ich liebe dich - alemão
Ya te volim - croata
Tora dost daram - persa
Sakan te volim - macedônio
Gramo te bue - lituano

Te amo pode ser dito em várias línguas. Nenhuma porém é mais sincera que a língua universal do amor. No silêncio, olho no olho, mãos unidas, corações acelerados o amor se mostra em toda sua força e beleza.


Dedicado ao garoto que me fez descobrir tudo isso.

domingo, 3 de junho de 2007

eu quero....

Um dia quero uma casa e uma vida, do jeito que quero.. do jeito que espero
Andar descalça na grama molhada do jardim, comer fruta na mão, ter uma "banheira da vovó" pra tomar banhos longos, quentes e bem cheirosos, ter uma estante abarrotada de livros, deitar numa rede colorida para lê-los, e também pra aproveitar a sesta.
Ter vasinhos de flores nas janelas, comer brigadeiro na panela com colher-de-pau, se enfiar debaixo de um edredon pra assistir filme nas tardes frias de chuva, sentar no jardim pra sentir o aroma de dama-da-noite nas noites quentes de luar, e ali ficar por horas, aproveitando uma boa conversa.
Comer pastel de queijo na feira de domingo, fazer bolo, se lambuzar com cobertura, tomar banho de mangueira e banho de chuva, fazer guerra de travesseiro, comer bolinho-de-chuva, café com leite bem quente. Sentar em cima do muro, olhar a cidade pela janela.
Viver