sábado, 27 de junho de 2009

insustentável leveza

É simples. Toque e carinho são naturais. Corpo e corpo sempre se encaixam.
Toda casa é agradável, toda cama aconchegante. Tudo, tão logo, familiar. Pulsação. Respiração. Ser.
Não há olhar sem brilho, proximidade sem mágica, noite compartilhada perdida. Não há desgostar.
Não uma.
As pessoas, todas, especiais.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

sobre inconstância

É que ser amável e se deixar levar de repente cansa e é um saco.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

menina do interior

Galinha caipira, sopa de mandioquinha, couve, açúcar mascavo, café forte, chá de verdade, cachaça na cabaça, banana com pão.

Bão.

sábado, 20 de junho de 2009

Arde ali ninho de vaga-lumes incendiários.
Dançam ondulantes, condensados.
Magnético este ninho.
Me come os olhos, me fisga.
Magnetismo sensual.

Se de repente interrompidos de sua dança
(foi graveto inxerido atirado), sobem
assustados, em polvorosa.
Inxame ao céu.

Brincam então de pega-pega, velocidade alucinante.
Ânsia.
Ânsia de tudo por saber que em um nadinha se vão.
Correm em voltas vaga-lumes alaranjados.
Correm em voltas, se espalham, se encontram,
se beijam, se soltam, se viram,
se apagam.

Nada mais nesta noite.
Só vaga-lumes.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Barbaridade



Nós atacamos com flores, com cartazes e gritos de guerra...

... eles respondem com cacetetes e bombas.

Não dá para aceitar uma barbaridade como esta. Não dá para aceitar uma reitora que, ao invés de proteger a comunidade universitária, chama a PM para atacar professores, funcionários e estudantes.

Fora PM do campus! Abaixo Suely Vilela, diretas para reitor! Por uma nova constituinte na USP!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sobre posturas.

Tive muitas ótimas aulas na última semana. Nenhuma na sala de aula.

Quer saber uma das lições?
Eu sou estudante não de uma universidade particular, mas de uma universidade pública. Quem paga minha mensalidade não é meu pai, mas todos os pais e mães e filhos brasileiros (ou paulistas). Assim sendo, eu não tenho a responsabilidade apenas com o meu pai ou comigo mesma, de formar-me, pegar um diploma, fazer carreira, grana, sucesso por aí. Eu tenho responsabilidades com todos os pais e mães e filhos que me pagam a universidade.

E eu tenho todo o direito de estudar e de ter minhas aulas com qualidade e segurança. Assim como os próximos que entrarem aqui também o terão. Mas é sim responsabilidade minha, agora, garantir que esses próximos tenham tudo a que eu tenho direito hoje, e não igual ao que eu tenho, mas melhor.

Aprendi (ou compreendi), entre muitas aulas geladas esta semana, como portar-me como aluna de universidade pública. E portar-me como aluna de universidade pública não significa necessariamente aderir sempre às greves ou concordar com tudo do movimento estudantil. Significa interessar-me e comprometer-me não só com o meu futuro, mas também com a sociedade e com o futuro da universidade. Porque eu, assim como todos os outros alunos, passarei e irei embora, mas as ações que tomamos enquanto estamos aqui modificam o que será esta universidade amanhã.

Não pretendo julgar quaisquer atos/pessoas. Mas esta é a minha postura, e agirei de acordo com ela.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Menina boba. Esquece. Afasta. Olha pro outro lado. E vê se desta vez não chora!

Ok, eu sei. Há tempos você não chora mais. Passou dessa fase das lágrimas. A alma, esse tantinho, já endureceu.
Mas ainda cedes... Alma mole, menina boba. Não cede, não! Empurra, vai embora.

Menina boba, vá dormir na sua própria cama.