Eu trago no peito a eterna tristeza
daqueles que sorriem ao ver uma bela árvore,
daqueles que observam as flores ao seu caminho,
daqueles que lêem versos.
Trago comigo a eterna tristeza
daqueles que sorriem ao fitar um rosto de criança,
daqueles que se deixam levar por uma melodia,
daqueles que morrem de rir.
Ao mesmo tempo que o sorriso aparece
as lágrimas estão a querer saltar,
sem motivo. Só porque trago
no peito essa eterna tristeza
que vai furando devagarinho,
ponta de lápis sendo girada no queijo
esburacado do meu coração.