Sexta na Vila. Entre chopps, conversas, risadas e afirmações de "Aquele cara ali com certeza eu leio!" os cinco amigos, com uma natural fixação por papel e caneta, resolvem divagar nas folhas de uma agenda... um texto a dez mãos.
Epifanias vãs de pessoas embriagadas. Escuto vozes, cheiros, pele. Sinto toda a energia abatendo o meu âmago, vivo.
O calor da noite parece ter seus limites contidos na roda de amigos, no espaço da mesa.
Copos a se esvaziar. Centenas de vozes, e as vozes amigas. Sorrisos nos cantos das bocas. Ouço pandorins!
Mas que são os amigos? Que são as pessoas? Estamos interligados por algo em comum? Sim? Talvez não.... Apenas estamos aqui.
Por mais que nada seja nada. Ligações, ou não, entre nós: neste momento todos somos um, e cheios de felicidade compartilhamos este momento; em meio às vozes, copos e sentimentos.
O ambiente é propício. Existe energia transcedental que nos une? Questionamos. Existe. Conflitos aparentes são diálogos fervorosos. Pensamos. O cimento da amizade é aqui.
Estamos calmos, como se nada pudesse nos afastar da força desses momentos de encontro.
Estamos aqui. Só. E além das fronteiras dessa mesa de bar o mundo gira.
... é isso aí! Dos que acreditam em milagres que possam regenerar a alma bohemia.
Com os queridos Eduardo, Clara, Victor, e - CALMA, ELE ESTÁ CHEGANDO! - Fabrício (que às vezes dá as caras lá no Sujeitos Predicados ).
3.
Há 7 anos