O negro chão que piso, amplo e quente, é como pisar em areia de praia, em terra vermelha de barro: me sinto viva. De compridas e negras cortinas ladeado: refúgio, esonderijo. Quantas coisas podem sair por detrás dessas coxias, meu Deus? Num quadrado de 10 por 10 metros, cabe muito mais que só 100m quadrados, cabe um infinito. Não aguentava mais de saudades, saí correndo e me joguei de volta e fiquei deitada me interando desse palco. E dele não queria mais sair.
Dizem que para o artista o palco é um lugar sagrado. É mesmo. Mas para mim, esse palco em especial é também minha casa. Antes mesmo de ele ser construído eu já estava ali. Vi ele ser erguido e não teve mês que se passou em que eu ficasse sem ele. Nesse palco subo e deixo pra trás todo mal ou preocupação, e quando desço volto renovada, com vontade de aprender, descobrir, pesquisar, viver a arte.
Simplesmente: Eu Amo a Fábrica de Expressão!!!!
3.
Há 7 anos
2 comentários:
nem conhecia o "butoh", mas gostei da comparação. dei uma olhada no google numas imagens, tem umas bem sinistras
gostei do seu post, é uma declaração de amor que não se costuma ler todo dia heheh
beijos!
Ai que saudades da minha época de teatro!!! Sementes foram plantadas e hoje colho flores!
Beijão
Mariliza
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