quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Prisão de Sombras

Feriado, sol brilhando, aquela vontade de sair. Sentir o Sol na pele (que se foda o calor) e quem sabe um ventinho, ou uma sombra, sentar embaixo de uma árvore.
Mas não, com lágrimas quase caindo fui trazida de volta a essa casa. Grande, confortável. Detestável.Portas, janelas e cortinas fechadas, tudo na penumbra. Na sala luzes e ventilador ligados e na TV o eterno som do futebol. Me fechando, sufocando. Prisão de livros, desenhos e o brilho insensível do monitor.
Tento espantar os fantasmas. Saio de perto do interminável futebol e da sala artificial, ponho uma música vou pra fora. A horrível prisão da rotina... enfadonha.
Na hora em que finalmente saí, o tempo resolveu concordar com meu estado de espírito. Uma baita chuva. E depois andando pelas ruas estranhamente desertas de lojas fechadas, tempo fechado, uma nova e triste São Paulo. Onde normalmente se viam ambulantes e milhões de pés apressados, uma mendiga solitária encostada no parede de um grande prédio, ohando desolada a rua estranhamente silenciosa, e os poucos pés que passavam por ela.

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