sábado, 12 de abril de 2008

Essa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi.

Olha, e diz o que vês
das linhas do meu rosto.
Será que elas denunciam
os amores que tive, os sorrisos
que dei, as dores que sofri?
Olha, e diz o que vês
do movimento de minhas mãos.
Será que ele denuncia
a minha inquietação, os devaneios
do meu mundo, os meus traços no papel?
Olha, e diz o que vês
da pedra de meus olhos.
Será que ela diz do meu passado,
do meu agora, do meu querer?
Nota-me assim, porque do mesmo jeito
procuro em tuas linhas os teus antepassads,
e no tremer do canto de teus lábios teus sentimentos,
e no fundo do poço de teus olhos teus desejos,
e nas dobras de tuas roupas teu modo de ser.

Nota, e então deixemos o final aberto para a imaginação.

4 comentários:

Anônimo disse...

De coração aberto , vozes podem se pronunciar.
Só com os olhos podemos perder muitos detalhes.

Bruna Vicente disse...

Eu vejo uma grande tradutora de almas ;)

Egon Henrique disse...

Que os seus olhos mostrem o que você sempre quiz ser, seu sofrimento é a sua historia de vida.


mari fiz um blog tbm ;)
te encontrarei por aqui sempre.. bjs

Eduardo Vilar disse...

o final ou o começo
:)
ficou muito bom esse poema. mesmo.
me lembrou Cecilia Meireles.

da uma lida no teu orkut
beijos =*