segunda-feira, 18 de junho de 2007

enrole a língua, beba ainda quente

O silêncio às vezes conforta.
Mas às vezes ele se aproxima
feito lança comprida e pontiaguda,
fria e inflexível, a penetrar-me
a carne lentamente, exibindo,
arrogante, um brilho frio de metal,
carregado de intolerância e superioridade tola.
Machuca. Começa a querer sangrar.
Sem reclamações se segue.
É silêncio.

5 comentários:

Bruna disse...

O silêncio acalma e agonia.
Linda poesia.
Gostei muito tbm de "Bailarina Urbana"
Vc é bailarina?

Eduardo Vilar disse...

doeu? grite! incomode o silêncio!

cara, te falar que é difícil de encontrar títulos de poemas fortes assim que nem foi esse. gostei bastante. mesmo eu não tendo associado muito bem com o resto, faz parte de ler não entender 100%... e isso dá graça ao poema. (ah, nem precisa explicar também... poesia explicada pelo autor fica chata hehe)

quanto ao comentário no meu blog, você disse que repara bastante no visual quando lê algo... outro dia eu tava pensando sobre um outro poema meu, sem ser aquele, parecia mesmo com um mosaico hehe.

Bruna disse...

Oii Mariana.

Bem eu entrei na dança em 2005 e comecei a fazer jazz, logo me apaixonei e não conseguiria me ver sem ela.Mas esse ano por motivos "psicológicos", acabei largando a dança, já faz três meses.
Então eu sou "uma bailarina que não dança".Só por dentro, não pratico mais.
Beiijos

Lua Durand disse...

sileêncio!

ele ajuda

=P

Lilian Ganzerla Cardoso disse...

o silêncio diz por muitas palavras...