sábado, 8 de dezembro de 2007

Almofada cor-de-rosa

Nós temos fragilidades. Teremo-as sempre, mesmo que por algum tempo esquecidas. Alguma hora alguma coisa vem es acordam-nas. E a gente toma um tapa na cara: a fragilidade continua ali a nos atormentar, não sumiu como julgávamos. E aquelas pessoas que nos ajudaram a levantar da primeira vez , não, não estão mais lá para dar a mão.
...
E tu jurastes! Jurastes pra ti mesmo que não contarias para mais ninguém; que aquele era o único que podia te ajudar quando essa dor viesse, que podia conhecer teu segredo mais íntimo, teu pesadelo mais sombrio. E ele não está mais. E tu jurastes. Jurastes!
agora estás sozinho. Não há mais a quem recorrer que conheça-te tanto, que entenda-te, que possa apoiar-te sem se assobrar com a bagagem que trazes.
Roubaram-te as muletas antes que pudesses afirmar as pernas e disseram-te: anda!
Se não conseguires andar, que mais te resta?

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