quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Casa

Faz calor. Uns trinta graus. Sol. O tempo é seco. (umidade do ar cerca de 17% - mais de 140 dias sem chovar)
Quase cinco da tarde - o céu é claro, azul quase branco sobre o verde de um morro de um lado. Os pés de Macaúba se destacam entre as outras árvores. Do outro lado o Sol se esconde atrás de nuvens brancas, deixando os raios dourados passarem por suas bordas. A luz me deixa ver apenas o contorno negro da copa redonda e cheia de galhos retorcidos do grande pé de Espatódia.
Não vejo as cinzas agora, mas sei muito bem que a cana queimada me cerca por todos os lados. De vinte em vinte minutos a boca fica seca. Quero água.
Abri a porta da sala para deixar entrar uma brisa, mas o ar está parado. Somente o barulho dos carros que passam voando na rodovia.

Noite passada fiquei bastante tempo do lado de fora. Vendo a Lua e ouvindo os sons... do vento na copa das árvores, das folhas e ciscos sendo carregados pelo chão, das cigarras, da rodovia ao longe...

Minha vontade agora é deitar no chão da varanda - chão de azulejos brancos recém lavados, refrescar o corpo semi-nu.

Eu adoro esse lugar!

Um comentário:

Alice Agnelli disse...

Chão de varandas em dias quentes são extremamente confortáveis e recomendáveis.

(é tipo sofá e cobertor em dia frio.)