sábado, 20 de setembro de 2008

úmido

é chuva, é cinza, é um sorriso ausente de meus lábios
até forço, mas ele não quer vir não

é saudade, são sonhos
sonhos de futuro, sonhos que embalam,
mas que também potencializam a saudade

é solidão, solidão...
e essa distância que corta, aperta.
afogo tudo no efeito narcótico dos sonhos, da evasão, sair de mim
(e talvez algum àlcool, passos de danças loucas...)

é bom até
conseguir por um momento
loucamente acreditar que os beijos jogados pela janela vão atingir seu destino
(então uma força vinda sabe-se lá de onde me faz realmente levantar, abrir a janela e soprar beijos para o ar da noite)
e essas lágrimas que não sei por que vêm
de onde vêm

só espero, loucamente também, ouvir as batidas dos abraços na minha janela

(onde estão? onde estão?)

3 comentários:

Fontes disse...

Eu nunca sei o que comentar na sua caxola.

Alice Agnelli disse...

mari..

eu nunca sei o que comentar na sua caxola, e ainda por cima acabo comentando o que se comentou no comentário de cima.

que coisa...
...surpreendente.

Felipe Lobo disse...

A suadade, a distância e essas palavras que tentam abraçar, de longe, aquilo que nem com os olhos fechados e o silêncio da noite conseguimos compreender em sua plenitude.

As palavras que jogamos para tentar aproximar umas coisas das outras - e, às vezes, conseguimos!

Que assim sejam com as suas!