segunda-feira, 26 de março de 2007

Encadeada

Medo
Atrás de cada esquina pode estar um bandido, um menino,
pés no chão, canivete.
Corra! Não espere escurecer! Pega a chave,
tranca a porta, cadeado.
Se feche: entre quatro paredes cuide da sua casa,
sua filha, sua imagem, sua moral.
Chore! Chore!
Você se prende, se isola e depois reclama solidão.

Não! Me larga!
Abro a porta e o cadeado- saio na rua
roubo uma flor
sento na praça
na calçada
deito no chão no concerto
danço no meio do povo
e dou risada.
Deixa eu abrir minhas asas!
O medo que sinto não me acorrenta.
Meu coração quer voar.

Um comentário:

Eduardo Vilar disse...

coisa da cabeça mesmo...
às vezes é bom chutar o pau da barraca, mesmo estando exatamente embaixo dela.