quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Alada, lunar

Pés descalços e luzes apagadas na casa vazia.
Da janela entreaberta vêm os ruídos urbanos
a se misturar com a música;
vem o assobio do vento gelado
e vem a única luz, branca, lunar
a iluminar precariamente a cozinha.
E se este cândido disco se esconde entre as nuvens
e a penumbra a invade,
não traz luz, não - deixa-a assim.
Então quem sabe um anjo
que passe e veja de cima
naquela penumbra
aquela menina
no seu triste (será?)
momento de paz
espalhe pro resto dos seres alados
que uma pequena
tão tenra e terrena
traz nas costas
transparentes, etéreas asas,
mas não se deu conta
nem pode voar.

7 comentários:

Mafê Probst disse...

Todos podemos voar. É só lembrar-mos de bater as asas.

Eduardo Vilar disse...

será? talvez fosse melancolina apenas, talvez não... mas é inegável, tem algo alí.

então, a partir dessa semana eu to um menino sumido mesmo, voltaram as aulas... mas nas férias até que tava bastante na net!
do blog eu fiquei sumido por falta do que postar, mas ler os seus blogs tem me inspirado, feito umas idéias coçarem na minha caxola heheh. quem sabe não sai algo esses dias.
beijos!

Bruna disse...

Sempre esqueço que tenho asas...talvez é pela falta de esforço para que eu possa voar.
Adorei!!!
Beijo

Bruna disse...

Oiie

Obrigado pela visita no meu blog! ;)
Que bom que vc gostou da nova "cara" que eu dei pra ele.

Quem colabora é minha amiga Maria, e pontinho que tem lá é quando o texto é feito por nós duas.

Beeeijo

Marília Silva Tavares disse...

"É melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe." (Vinícius de Moraes)
Mas quando cai a noite, estamos sozinhas com a luz da lua, esta melancolia romântica invade a casa. E contamina todos que nela estão.
Você descreveu de forma belíssima!
Beijos

Lua Durand disse...

que bom que atualizou!

a proposito, lindas palavras!

Beijos

Au Revoir

Mariliza Silva disse...

Que lindo texto. Adorei!

Beijão

Mariliza