terça-feira, 20 de maio de 2008

Pirata da Poeira

Uma caixa de Dom Perignon.
Uma caixa velha, desmantelada e empoeirada de Dom Perignon.
Ah, mais! Bem mais!
Um baú do tesouro de papelão.
(e eu pirata desbravadora das estantes esquecidas)
Um sarcófago perdido nos milhões de segundos de uma década,
com pistas de mistérios intímos.
Quebra-cabeça particular de emoções,
mosaico de pedaços de vida.
Caligrafias que se mesclam e a doce dúvida
do seu próprio envolvimento esquecido na história.
Materialização - provas pessoais de histórias contadas.
Revelação - as pistas soltas por milagre se encaixam
(tudo tudo leva ao momento certo de abrí-las, desde as noites sem sono aos programas de TV).
Revelação - e o sorriso custa em deixar o rosto.
Revelação - e os sonhos distantes estiveram sempre muito mais próximos do que poderíamos algum dia sonhar.
Revelação - e a conclusão de que não estou mesmo fadada à normalidade.
Lágrimas emocionadas,
e com reverência quase religiosa recoloco Meu Baú do Tesouro em sua morada.
(e os sonhos estão perto, tão perto, tão perto)

3 comentários:

Mau Exemplo disse...

O momento deve ser comemorado. E deleitado. Assim como um sorriso.
Mto lindo seu texto.
:)
Bj

Alice Agnelli disse...

Sim.
Nenhum de nós estamos fadados à realidade.

(fato comprovado nesses últimos dias!)

Fontes disse...

poderia elogiar seu texto, mas por trás dele existe um pensamento muito mais lindo. Poderia elogiar seu pensamento, mas ele é fruto de uma caxola muito mais linda.

Você sabe o que eu penso da sua caxola, do seu pensamento e do seu texto. Deixar isso aqui por escrito seria propaganda, e daquelas bem apelativas.