sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Museu de canudinho e detergente

Quero viver um amor
mas que seja um amor diferente
não é preciso durar para sempre,
mas preciso que seja intenso.
não é preciso que seja correto,
preciso que seja sincero.
Ele é feito aos pouquinhos
Vai se formando segundo a segundo
Palavra a palavra, olhar a olhar.
E vai se tecendo fio a fio,
Como incessante trabalho de tecedeira caprichosa.
Fio a beijo, fio a abraço, fio a toque, fio a sorriso.
E vai se formando e entrelaçando. Como uma esteira ou colcha
Estendida no chão pra gente deitar
E olhar o céu coalhado de estrelas.
Elas se espalham céu afora
E a gente noite adentro.
Não quero um amor pra mim
Quero um amor que esteja comigo
Não! Não quero posse privada
Quero é parceria
Quero uma imensidade de momentos pra lembrar
Momentos eternos nos poucos segundos em que se vão
E com eles montar um museu do meu amor
Cada eterno momento exposto placidamente
Dentro de uma bolha de sabão

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