quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

É que tem dia em que a lágrima cresce, que o corpo padece e a gente entristece. Tem dia que a gente merece, porque nem adianta fazer tanta prece. Acalmar com báslsamo o buraco da alma, dar a ela o que ela carece. Tira-se o papel metalizado, colorido, do peso momentaneamente se esquece, mordida atrás de mordida que o coração pouco a pouco se aquece. Abraço de chocolate.

3 comentários:

Alice Agnelli disse...

abraço é bom de qualquer jeito, qualquer coisa.

chocolate é bom de qualquer jeito, como qualquer coisa.

abraço de chocolate, então?
nem se fala.

Felipe Lobo disse...

Abraço, chocolate, ombro. Sempre que quiser.

Unknown disse...

Mari,
Simplesmente sensacional seu texto tanto em termos formais, quanto conceituais. Aqui está um delicadíssimo equilíbrio entre idéia e expressão, dificílimo de ser colocado no plano da realidade textual. Seu texto é, se me permite inventar uma categoria textual, “dançante”, tem ritmo, pulsa, vibra, sugere e, claro, tem algo subliminar de você mesma, algo que remete à simplicidade das sensações triviais e que coloca a grandeza da vida nos atos menos esperados. Certamente, todos nós conhecemos os sabores desse chocolate, desse bálsamo que, momentaneamente, nos descansa de nós mesmos. De um modo muito particular , parece que você compreende perfeitamente bem a doçura da tristeza.